Por mais que tente eu não consigo afastar de mim a pontinha de ciúme que me dá do antiquário. Por mais distante que o passado esteja, na minha cabeça ele parece sempre presente. Talvez por atributos presentes, ou talvez porque eu realmente sou alguém com problemas. Mas se for problema, que tipo seria? Auto estima? Até poderia, mas eu tinha que realmente ser muito feia pra ter problema com isso (se bem que a TPM ajuda todo mês).
O fato é que, quer queira quer não, não me sinto muito bem com algumas situações corriqueiras. Daí fico com aquela musiquinha “Ciumenta, pára de ser tão ciumenta!”. Acredite ou não, já estou começando a pensar que meu ciuminho é uma doença (vai saber né?!) e fico ouvindo essa música pra me domar. É como um: “pára sua lôka!”.
Mas, em linhas de paz, vamos mudar o assunto para qualquer outra coisa. As redes sociais da cidade estão manifestando o desejo da “galera” de tirar a prefeita do poder. E essa noite eu tava conversando com meu irmão antes de dormir (part. Saul Rodrigues) e ele tava dizendo “Quando o povo elegeu a prefeita, tava todo mundo falando ‘Micarla! Micarla! Micarla!’, quase que ela não falava na posse! Agora, o povo fica dizendo “Fora”. É muita merda mesmo!”. Acreditem ou não, ele está certo sobre isso. E eu dando graças a Deus por não ter feito meu título de eleitor (como tantos queriam) na época. Que feliz não ter parcela de culpa nisso (e que infeliz pagar pela cagada dos outros!).
Dessa tentativa de impeachment eu só penso uma coisa: não vai funcionar. Funcionou uma vez, com Fernando Collor, quando a democracia era uma questão de honra para tantas pessoas (como o hímen de uma moça representava o Nome da família inteira – e o Nome era a representação da honra). Hoje, a democracia já está mais que violada. Sinceramente, as pessoas comentam que a democracia foi espancada. E, por mais que eu acredite nos meus ideais de liberdade de expressão, de voto, de escolha, de vida... eu não acredito mais que haja uma volta ao mais importante. A democracia nunca mais será aquela de 1985, quando a Ditadura acabou. Por mais que o povo tenha voz, hoje ele não tem vez! E o circo fica pegando fogo.
Mais uma novidade: estamos fora da Copa das Confederações, e a Copa do Mundo está muito distante de ser realizada na nossa cidadezinha “pacata”. O Brasil vai sair disso com o rabinho entre as pernas. Se, por um lado, o Risco Brasil diminuiu e os investidores se sentem seguros ao entrar em nosso mercado econômico, a merda toda vai chegar mesmo quando as obras da Copa estiverem ainda por fazer. É um joga-joga de responsabilidade que envergonha! E a nós, meros mortais, só resta assistir tudo. De longe, mas de camarote.
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