Existem coisas das quais sinto muita falta. Passar o fim de tarde admirando o mar, sentir o vento na pele, andar de bicicleta, ter amigos, estar em contato com a natureza... e, de certa forma, sinto falta de mim.
Quando a gente vai amadurecendo (por mais que muitas vezes isso se defina em ter mais idade) a gente vai perdendo um pouco de si. Do que foi, do que teve e até do que não teve. Por mais que eu nunca tenha sido uma pessoa sorridente e hipócrita eu aprendi a ser um pouco quando fui crescendo (em idade). Não era que sorrir me fosse algo impossível, mas sorrir pra quem eu não gostava era impossível e por isso eu era sempre “A arrogante”. O tempo passou, a coisa mudou... e agora eu sinto falta de ser como eu era antes.
Não é exatamente a “má educação” que me faz falta. Eu sinto falta é da falta de planos, da falta de compromissos, da falta de vontade de saber como seria amanhã. Do descompromisso em sair na rua e sujar a roupa inteira, porque eu tinha amigos e a gente ia jogar bola, independente de estar todo mundo de branco ou não.
Eu sinto falta de não achar nada sério. Porque até mesmo estudar hoje se tornou algo importantíssimo. E amor então? Quando eu era menor, isso era o que unia meus pais... e depois eu descobri que não. Mas sempre pareceu algo tão importante, que quando fui crescendo... algo sólido pra mim não se definiu em casamento, e sim em amor sincero. E as pessoas condenam tanto as mães solteiras, mas o amor delas conseguiu ultrapassar a barreira do medo e do preconceito.
A intenção não é falar de amor. É falar das pequenas coisas que nos tornam quem somos. Eu não sou sorriso. Eu não sou calmaria, abraço ou falsidade. Eu sou que eu sou. Explosiva, ácida, controladora, fútil, sensível demais, tímida ou expressiva demais, chorona. Simples. Eu sou... isso. E não vou conseguir mudar o que me torna diferente. Não consigo reger personalidade.
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