Muita gente acha que sabe o que é amor. Alguns dizem que o amor se sente; outros que se faz; outros que se vive. E todos não entendem ao certo como conceituaram tudo aquilo. Apenas o dizem por querer saber.
Camões diria que o amor “é ferida que dói e não se sente”, o que chegaria mais perto do que entendemos por amor. Mas, que mais é o amor senão doação?
A erotização do amor homem-mulher fez do amor um assunto universal, tanto quanto gravidez na adolescência, sexo inseguro e criminalidade. E pra quê? Não se constrói um conceito
daquilo que não se tem idéia de onde vem. Somos todos poetas. Tentar definir o amor seria classificar-se o mais sublime dos compositores que, no emaranhado de emoções rabiscadas num papel, tenta definir o que sente, porque, verdadeiramente, ama, mas não sabe como definir tal sentimento.
Mas amar, no sentido em que conhecemos, vai além até mesmo do que podemos entender. Quem já amou um dia entende quando falam em sofrer por amor, em mortificar-se por amor. Tanto na forma de amor humana quanto na forma de amor espiritual, é uma constante doação. Quando a gente ama, não deseja além do bem amado. Pode existir o mal, pode vir a tempestade, mas o fato de ter alguém do lado torna a vida mais alegre, e doar-se torna-se tão comum que não percebemos quando abrimos mão de algo que queríamos por algo que o outro quer.
O amor é lindo, mas também é egoísta. A doação que define o amor humano é também uma constante espera. Pelo reconhecimento. É como se diz por aí: “quem ama dá”. Doa-se. Tempo, sentimento, investidas. Doa-se vida. Espera-se do amor, não muito, apenas o que por contrato está definido. Segurança, união e um tanto de companheirismo.
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