domingo, 21 de agosto de 2011

Greve – Uma (des)organização que vai além da fronteira do Estado




O Estado inteiro entrou na doce ilusão de que todas as greves que estouraram iriam resolver o problema da administração pública. Não resolveu, e nem vai. Infelizmente não é de hoje que o trabalhador precisa lutar pelos seus direitos.
Também, no município, mais precisamente na capital, Natal, estouraram greves que, à visão do povo, poderiam resolver algumas coisas.
A educação tentou, por meio do SINTE-RN, melhorar a situação da educação, em relação a planos de cargos e salários, infra-estrutura das escolas e tudo que pudesse ser resolvido; a Polícia Civil, por intermédio do SIMPOL-RN, também tentou melhorar as condições da segurança pública; os trabalhadores do DETRAN também tentaram, sem sucesso, resolver o problema da homologação de alguns concursos públicos e não conseguiu muita coisa.
O movimento #foramicarla, que uniu centenas de adeptos entre universitários, estudantes do ensino público e alguns ativistas não rendeu o esperado. Se por um lado Natal tentou fazer a mesma movimentação que ocorreu no Egito, Líbia e alguns países do Norte Africano, por outro, a mesma população não se unia pelos direitos que reivindicavam. Houve um elitismo. Estudantes lutam, trabalhadores reclamam.
E assim o tempo passou, a CEI (Comissão Especial de Inquérito) dos alugueis, que provaria o esquema sujo da administração municipal foi esquecida, os estudantes que reivindicaram as melhorias junto à Câmara Municipal foram acusados publicamente de depredarem o patrimônio publico, inclusive com a implantação de provas por parte da própria administração pública.
A pergunta que não quer calar: Onde todos aqueles preservativos foram comprados? Não que jovem não faça sexo, mas encontrar dezenas de preservativos, não-usados, na Câmara e dizer que estava rolando o maior bacanau!?  Sou contra esse tipo de coisa. Se administração se diz limpa e transparente, deveria realmente trabalhar com honestidade.
Agora, neste exato momento, estamos vivendo uma onda de greves Federais. A UFRN já teve seu período de greve dos servidores, assim como o IFRN também. E quem imaginou que a greve terminaria logo, não imaginava o que viria pela frente. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) declarou legal a greve dos servidores da UFRN, que ainda está funcionando, mas alguns estudantes disseram estar a maior “zona”. E o IFRN parou de vez com a greve dos professores.
E é nesse clima de calamidade pública e descaso com a educação que me despeço de vocês, até o próximo momento. 

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