Existem fases e fases na vida. Mas nem toda fase é mais perturbadora quanto o início da adolescência e/ou o fim dela. Porque por mais que você tente saber quem você é, você acaba olhando pra trás e vendo o “rastro de b.” que deixou.
Não estou dizendo aqui que a criação de muitos pais seja errada, mas essa coisa de não nos deixar vivenciar coisas ruins no momento em que devemos vivenciá-las nos torna adultos frustrados. E, não, não sou um adulto completo!
A Lei vigente no nosso país torna as crianças de 12 anos adolescentes, ainda sob responsabilidade legal dos pais (sendo estes responsáveis por seus atos e líderes em suas escolhas), e torna o adolescente de 16 anos uma espécie de “quase” responsável por seus atos (significa que ele não é retardado pra fazer escolhas erradas, mas é jovem demais para pagar por elas). Dois anos após você ser um “quase” responsável você se torna (quase que num passe de mágicas) a pessoa mais responsável do mundo. Um trabalhador em potencial para o mercado de trabalho. E é nessa fase que você pára e vê a merda que foi sua estrada até ali.
Se é que posso falar assim (e acho que posso), tem horas na vida da gente que queremos conhecer as coisas além dos muros que nos cercam. Os conceitos religiosos já foram implantados em nossas entranhas como a famosa lenda do “chip no fim dos tempos”; todos os padrões morais possíveis já foram criados para manter meninas em casa ajudando como empregadas domésticas e os meninos livres, leves e soltos nas festas com a “galera” e, nós, temos que seguir (pra sempre) com essas coisas. E quem sair é considerado afastado ou desertor.
Sabe de uma coisa? Tem horas em que dá vontade de mandar todo mundo para os confins da terra! Pra algum lugar tão, tão distante, que nem um “palavrão” conseguiria definir. Nem a “casa das primas” seria tão longe! Mas não é uma questão de má educação, é uma questão de quebrar esses padrões morais; essas correntes que nos cercam a todo instante. É esse dever de parecer ser alguma coisa, da qual você é totalmente diferente, que mata o ser humano.
“Esteja bem com Deus”. Beleza meu irmão, e se eu não estiver bem com o resto? Com as regras, com as outras coisas... significa que eu sou o problema? Assim é fácil demais! É melhor dizer que “seja feio, ande desarrumado, ande apagado, fique calado, acate normas, seja alienado...” e tudo estará bem. Mas eu tenho uma coisa a dizer: EU NÃO SOU UMA MARIONETE! Eu não vou ficar seguindo regrinha a torto e a direito por aí não. Costumo fazer minhas regras. Quer dizer que tá errado, então diga, só não espere que eu ouça!
Eu não sou estranha, não sou diferente de todo mundo e não preciso me encaixar em nada pra ser uma pessoa hiper-feliz, mas pra ser muito feliz, comigo mesmo, preciso começar a me livrar de algumas tranqueiras que a vida me trouxe (por querer me desgraçar ou porque era pra trazer).
Tô dizendo adeus... ao tudo que me faz mal!
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