quarta-feira, 16 de junho de 2010

08:59 a.m - Despindo conceitos


O Brasil está em festa pelo mísero resultado de 2x1 sobre a Coréia do Norte. As crianças desfilam com suas roupas verde e amarelo; os meninos jogam na rua sonhando ser o próximo Elano da história do futebol brasileiro... tudo segue na lentidão pós-vitória. Depois de uma (grande) cagada... porque aquele primeiro gol nem pode ser chamado de sorte.

Engraçado como, depois de um jogo, a seleção ganha milhões de técnicos, todos especializadíssimos em Globo Esporte e SporTV... e não dizer nada com o mínimo de embasamento técnico de futebol.

O país parou, e eu... tô elétrica!

Só hoje, em algumas horas, já posso ser enquadrada pelo Código Penal inteiro. Desde emitir um aviso falso, que supostamente teria sido feito e assinado pela minha mãe à direção da escola (falsidade ideológica) a muitas outras tantas coisas que comecei o dia fazendo – e ainda vou terminar!

Minha mente perturbada não me deixa dormir ou pensar algo, no mínimo, leve. Me vejo buscando o perigo real.

Sair sem avisar, dormir fora de casa, dançar a noite inteira e ainda fazer cara de anjo quando tudo se consumar... tudo isso ainda é pouco diante do que quero fazer! Alguém deve estar se perguntando o que deu em mim, mas a resposta é tão óbvia que não se consegue visualizar!

Eu quero sair do casulo.

Eu quero ir além dos limites impostos pelas regrinhas da instituição familiar.

Eu quero curtir um pouco da vida!

Não importa se pra isso eu sofra um pouco, ou chore bastante. Eu preciso saber o que é sair um pouco e me divertir... sem que o destino seja o mesmo e com as mesmas pessoas. Temos que buscar a liberdade... onde quer que esteja!

Levando em consideração a sociedade, num todo, machista, agora devo estar sendo vista como louca (ou algo pior). Mas, sinceramente, não importa!

Não nasci pra viver de regras; elas nunca me atraíram!

Creio que, pelo menos, tentem entender minha “revolta”. Eu quero viver um pouco mais, pra mim. Sem me sentir na obrigação de olhar para o lado e ver que o “futuro da nação” está em “minhas mãos”. Se depender de mim... eu quero que a nação se exploda!

Eu preciso descobrir, por mim mesmo, o que é certo ou errado. Preciso descobrir em que sombra se esconde o perigo, e se o perigo vale tanto o esforço da busca. Mas, lá no íntimo, sinto que o perigo vale muito mais que a segurança, e as sombras escondem coisas mais interessantes do que podemos imaginar.

Eu só quero... ir além, e descobrir... por mim, não pelos outros!

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